Essa pitoca faz acompanhamento com uma psicóloga fofa, o que compreende visitas semanais ao consultório. Pois bem, o dito consultório fica no complexo hospitalar, 5º andar. Só que no térreo fica a lanchonete. E não tenta dizer a uma criança de seis anos que as nove da manhã ainda é muito cedo pra comer chocolate.... enfim.
Eis que toda semana, na saída da consulta, passamos na lanchonete, onde ela come um "coração" (croissant) de queijo e um chocolate. Um belo dia, o caixa, encantado com a tagarelice dela (ou apenas tentando fazer ela cessar) saiu com essa:
- Nossa, que menina linda. Quer um bombom?
Como se diz, Elis?
- Obrigada. Agora posso comer meu coração?
Na semana seguinte... o esquecido caixa da referida lanchonete tentou fazer a brincadeira do chocolate de novo, no que a Elis me sai com essa:
- De novo esse bombom?
Não preciso dizer que morri de vergonha, né.
28 de mai. de 2014
três anos depois...
Três anos se passaram e com eles, muitas coisas...
Coisa de criança acontece o tempo todo, e vai demorar a atualização. Farei o possível.
A Elis já não é mais aquele bebezinho que falava tudo errado e se entupia de chocolate. Mas continua uma criança linda, engraçada e muito, muito inteligente. As tiradas foram aprimoradas, a ironia flui dessa criança naturalmente e a inocência de quem descobre o mundo dá lugar à perspicácia de quem faz parte dele.
Conheçam a Elis de hoje: seis anos e sete meses de puro carisma, a criança mais loira e mais perguntadeira que já existiu. Incansável, irresistível e tagarela. Continua dormindo pouco e falando muito.
Outro dia, me deu uma aula sobre o funcionamento do corpo. Frente a uma recusa para comer mais doces, tentou me explicar, de um jeito só dela, porque precisava deles:
- Mas mãe, eu preciso do açúcar, ou meu corpo não vai produzir energia.
(...)
- Sério, mãe, presta atenção: a comida ajuda a produzir um tipo de energia, mas eu preciso também, além da comida, do doce, porque a energia mais importante é a que o corpo tira do açúcar.
- Elis, tem uma barra de chocolate no armário da cozinha.
Coisa de criança acontece o tempo todo, e vai demorar a atualização. Farei o possível.
A Elis já não é mais aquele bebezinho que falava tudo errado e se entupia de chocolate. Mas continua uma criança linda, engraçada e muito, muito inteligente. As tiradas foram aprimoradas, a ironia flui dessa criança naturalmente e a inocência de quem descobre o mundo dá lugar à perspicácia de quem faz parte dele.
Conheçam a Elis de hoje: seis anos e sete meses de puro carisma, a criança mais loira e mais perguntadeira que já existiu. Incansável, irresistível e tagarela. Continua dormindo pouco e falando muito.
Outro dia, me deu uma aula sobre o funcionamento do corpo. Frente a uma recusa para comer mais doces, tentou me explicar, de um jeito só dela, porque precisava deles:
- Mas mãe, eu preciso do açúcar, ou meu corpo não vai produzir energia.
(...)
- Sério, mãe, presta atenção: a comida ajuda a produzir um tipo de energia, mas eu preciso também, além da comida, do doce, porque a energia mais importante é a que o corpo tira do açúcar.
- Elis, tem uma barra de chocolate no armário da cozinha.
8 de set. de 2010
Máquina de lavar quebrada, à espera do técnico, que atende pelo nome de Sr. Natal.
O técnico liga para confirmar a visita no dia seguinte e quem atende o telefone? A própria: Elis.
Uns 10 minutos depois, meu pai e eu com a certeza absoluta de que ela está falando com a avó:
- Não, a vovó tá tabalhando
*Pai, pega o fone que não é a mãe.
A Elis me olha, os dois olhinhos brilhando e aquela carinha de quem descobriu que a Terra é redonda:
- Quem é, Elis?
- Mãaaaae, é o Papai Noel
O técnico liga para confirmar a visita no dia seguinte e quem atende o telefone? A própria: Elis.
Uns 10 minutos depois, meu pai e eu com a certeza absoluta de que ela está falando com a avó:
- Não, a vovó tá tabalhando
*Pai, pega o fone que não é a mãe.
A Elis me olha, os dois olhinhos brilhando e aquela carinha de quem descobriu que a Terra é redonda:
- Quem é, Elis?
- Mãaaaae, é o Papai Noel
essa é nova...
Lógica infantil
10 de nov. de 2009
Passamos o fim de semana na praia, Elis e eu. Entre bincadeiras na areia e pular ondinhas ela fez amizade com o "Bigode", o moço que vende milho com o carrinho. Sim, ela é comunicativa. Uma graça.
Comendo o milho que "o tio Bigode deu", a Elis derrubou na areia alguns grãos. Lógico que tentou pegar de volta e colocar na boca - elae tem dois anos, minha gente! Eu não deixei, disse que era "caca" e pedi que jogasse fora. Ela, com um grãozinho minúsculo na mão:
- Pode jogar, mamãe?
- Pode, Elis.
- E a colher, pode jogar?
- Não. A colher você vai usar pra comer o restante do milho.
- E o "patinho" pode jogar?
- Não. O prato ainda tem milho e você vai querer comer.
- E a mamãe, pode jogar?
*_*
Comendo o milho que "o tio Bigode deu", a Elis derrubou na areia alguns grãos. Lógico que tentou pegar de volta e colocar na boca - elae tem dois anos, minha gente! Eu não deixei, disse que era "caca" e pedi que jogasse fora. Ela, com um grãozinho minúsculo na mão:
- Pode jogar, mamãe?
- Pode, Elis.
- E a colher, pode jogar?
- Não. A colher você vai usar pra comer o restante do milho.
- E o "patinho" pode jogar?
- Não. O prato ainda tem milho e você vai querer comer.
- E a mamãe, pode jogar?
*_*
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Lógica infantil
5 de nov. de 2009
Hoje cedo, enquanto eu tomava banho, a Elis, como sempre, sentada na privada, cantando. (Confesso, é a melhor trilha sonora do mundo e também a melhor maneira de começar bem o dia).
Aí ela me disse que tinha um mosquito ali.
- Mata ele, mamãe.
- Não, Elis. Tadinho, deixa ele aí que daqui a pouco ele voa pela janela.
- Não, mata ele. Agola.
- Por quê eu vou matar o mosquito?
- Ah, ele tá demais!
Aí ela me disse que tinha um mosquito ali.
- Mata ele, mamãe.
- Não, Elis. Tadinho, deixa ele aí que daqui a pouco ele voa pela janela.
- Não, mata ele. Agola.
- Por quê eu vou matar o mosquito?
- Ah, ele tá demais!
essa é nova...
respostas prontas
A nova da Elis: primeiro ela pede pra passar a manteiga na bolacha. Aí esfrega a bolacha na cara e, toda lambuzada, lança essa:
- Olha, mamãe, to fazendo a bábala, igual ao vovô.
- Olha, mamãe, to fazendo a bábala, igual ao vovô.
essa é nova...
fazendo a barba
Ontem ensinei a Elis a molhar a bolacha no café. Hoje ela tomou café na xícara, sozinha, segurando pela asa e com pose de lady. Imagina quando eu ensinar a usar os talheres...
essa é nova...
café da manhã
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